sábado, 12 de julho de 2008

A pesca de novos olhares


Autor: Fabio Mendes

Tristes são os olhares

Tristes são os olhares
Dos que se sentem
Perdidos,
Entre ruas, becos
E abismos,
Dos que
Dão voltas e voltas
Mas ao mesmo,
A rua de partida,
Ao beco sem saída,
Ao abismo
A que tão desesperadamente
Tentam fugir.

Fugir ao medo
Da morte,
A uma morte
Sem ninguém
Para a chorar
Com lágrimas
Vindas do coração,
Lágrimas que não estancam,
Ao caírem no chão.

Tentam fugir a este mundo,
Um mundo
Que os assusta,
Um mundo labiríntico,
Sem sitio
Para onde fugir.

Tentam fugir ao mundo,
Do seu próprio mundo,
Do seu próprio labirinto.

Um labirinto
Tão escuro e impenetrável
Quanto a incapacidade
De cada um enfrentar
O seu próprio Minotauro.

Tristes são os olhares
Dos que se sentem
Sozinhos
Quando rodeados
Dos mais chegados amigos,
Tristes são os olhares
Dos que se sentem
Sozinhos,
Entre as mais
Densas multidões.

Tristes são os olhares
Dos que se perdem
No seu próprio labirinto,
Tentando da solidão
Fugir,
Enclausurando-se
Para sempre
Para nuca mais sair.

Autor Fábio Ferreira

quinta-feira, 10 de julho de 2008

7 Palmos

Sinto-me fechado,
A mais de sete palmos,
Num cubículo sozinho,
Onde as sombras dominam
O meu sonho acordado.

Sinto-me como se
Tivesse caído
Num precipício
Fundo e sombrio,
Um sitio
Onde a dor
Se confunde
Com a agonia,
E a tristeza
Com a solidão.

Sinto-me sozinho,
Perdido
Num mundo de sombras,
Sem norte
Para me orientar,
Sem caminho
Por onde seguir.

Sinto-me como
Um barco perdido
Num oceano
De lágrimas de sangue,
Um barco
Sem cais
Onde atracar.

Sinto-me perdido
No meu próprio ser,
Sinto-me morto,
Morto sem saber.

Auror: Fábio Ferreira

Familia...


Autor:Fabio Mendes - Titulo:Familia

Os cavalos brancos

Os cavalos brancos
Que cavalgam sobre o mar
Como uma mão
Pronta para agarrar
A vida dos incautos
Marinheiros que
Nele tentaram navegar
Para um novo
Mundo descobrir

Perderam -se vidas de
Bravos marinheiros
Que não só o mar
Tiveram de enfrentar;
Pragas, doenças,
Monstros míticos,
E Deuses do Olimpo,
Os andaram assombrar
Mas nem assim
Os lusos se deixaram derrotar.

Nem o belo canto
Das belas sereias
Conseguiu os lusos -marinheiros
Da sua rota afastar,
Nada nem ninguém os conseguiu derrotar;
Ate Neptuno e Marte
Perante eles se tiveram de curvar.

Esta é a
Alma lusitana;
A alma
Dos lusos -marinheiros;
Que por mares navegaram,
Pela a pátria Portuguesa
A pátria que tanto amaram!
Autor: Fábio Ferreira