terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Ânsia

Sou uma pequena parte do que me rodeia!

Não anseio pelo futuro
Que me há-de de chegar,
Não anseio pelos dias que virão
Nem suspiro pelas glorias de antigamente,
Não anseio pelo que o meu fado
Me reserva vislumbrar.
Eu vivo o momento,
Vivo o segundo,
Vivo a vida
E não os sonhos
Ou a mentira!

Não quero ser o que nunca fui!
Nem ter o que nunca tive!
Não tenho em mi
A ânsia de ter,
Nem o que não vivi viver!
Só quero o que me dão
Os donos do destino meu,
Fado escrito
Nas longas páginas
Da historia que virá.

Não pergunto porquê,
Não questiono as demandas
Do destino,
Sigo de olhar atento as mudanças
Dos dias que passam a correr,
Estou atento ao que o mundo me reserva
À espera que um sinal me seja
Oferecido,
E o que vivo
Me ajude a entender.

Sou o humilde ser
Na palma de algo maior
Do que o que o meu simples olhar
Me permite
Perceber,
Vislumbrar.

Não anseio pelo que virá
Espero pacientemente
Pelo fim,
E pelo de novo renascer,
Dos dias que faltam
Para que nada mais possa ver

Não sei se será
A errada,
Ou a melhor escolha
A fazer.
Não sei!
E sinceramente,
Nem quero saber!
Não quero saber e ponto final!
Pois no fim de contas,
Não é a mi
A quem cabe escolher.