segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Só mais um folgo!

Só mais um folgo
Eu vos peço,
Dai-me só mais um folgo
Que me encha os pulmões,
Essas caixas
De vida,
Ora Cheias
Ora vazias,
Um folgo
Repleto de emoções.

Sinto
O peito apertado,
Esmagado,
Pelas responsabilidades
De quem pouca alforria respira
E seus deveres
Por todo o corpo suado
Transpira.
Deixem-me profundamente
Em divinos sopros
Me embriagar.
Deixem-me livremente respirar.

Sou homem
E não escravo
Devo livre viver
E não em correntes pesadas
Agrilhoado
Deixe-me livre ser,
Correr, saltar,
Por todo o mundo
Num piscar de olhos
Viajar.
Deixem-me respirar.

Só quero
Tempo,
Espaço,
Para verdadeiramente
Homem ser,
E não maquina
Regulada,
Oleada,
Pelas falsas ideologias
Da actualidade,
Os falsos donos da verdade.
Deixem me respirar!

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